À chegada ao aeroporto Sá Carneiro, no Porto, o corredor natural de Chaves, de 35 anos, afirmou ter cruzado a meta lado a lado com o sueco Johan Steene, que segundo o sítio na Internet da organização chegou dois segundos antes, após uma prova de durou mais de 59 horas a percorrer.
João Oliveira afirmou que, no final da prova, foi consagrado juntamente com Steene no primeiro lugar do pódio, garantindo que a diferença do tempo de dois segundos divulgada se deve a um erro de cronometragem.
O ultramaratonista luso explicou, ainda, que só não chegou isolado à meta porque não tinha GPS e, para não se perder, teve de esperar pelo corredor nórdico, uma vez que os camelos do deserto do Omã comeram as placas de sinalização da prova, deixando o atleta português sem hipóteses de se orientar sozinho.
"Os camelos foram comendo as placas e como não tinha GPS para me orientar tive de abandonar o primeiro lugar e esperar pelo sueco. Nos últimos 100 quilómetros corremos sempre juntos e, inclusive, tive de parar para o ajudar com as caibras, fazendo-lhe massagens nas pernas para ele poder continuar", recordou João Oliveira.
O atleta flaviense, que tinha algumas dezenas de amigos e familiares à sua espera, sublinhou a dureza da prova no deserto e nas montanhas de Omã.
"As partes mais duras foram os 170 quilómetros em dunas e os 64 quilómetros em montanha. Apanhei temperaturas de 35 graus celsius e quando corria nas dunas precisava de 1:15 horas para fazer 5 quilómetros", explicou.
Como reconhecimento pelo feito conseguido, o corredor português recebeu, além de uma medalha, uma peça de artesanato de Omã, mas não a conseguiu trazer para Portugal.
"Um dos prémios era um símbolo do país, que é uma espada que vinha encaixilhada. Mas como não queria partir o vidro, trouxe-a como bagagem de mão e, no aeroporto, não me deixaram embarcar com ela. Teve de ficar lá", lamentou.
João Oliveira sublinhou que não tem qualquer apoio federativo ou de patrocinadores para representar Portugal neste tipo provas, consideradas as mais difíceis do Mundo.
"Já venci algumas provas como esta e sempre sem apoios. A Federação Portuguesa de Atletismo não apoia e os patrocinadores também não. Enviei
vários pedidos e não me responderam e os que responderam disseram-me que não tinha verbas", concluiu.
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